Nos
últimos meses, têm surgido imensas notícias sobre o aparecimento de novas
drogas sintéticas, das quais a OXI parece, de acordo com alguns dados ultimamente
anunciados, como uma das mais potentes e devastadoras. Estudos no Brasil,
efectuados com profissionais de Saúde e de Química, estão a ser avançados com o
objectivo de se compreender melhor as suas características. Para já, sabe-se,
apenas, que a OXI é uma versão mais perigosa da cocaína e do chamado “crack”.
O
princípio activo da OXI é a pasta base da folha de coca, mas ao contrário do
“crack”, onde é utilizado bicarbonato de sódio e amoníaco, na OXI é utilizado
cal virgem e algum combústivel, como gasolina ou querosene, também designado
por petróleo iluminante, componentes corrosivos e extremamente danosos para o
organismo. Esta nova droga é produzida na Bolívia e no Perú e começou a entrar
no Brasil em 2005.

Os
efeitos dos consumos imediatos chegam ao cérebro entre a 7 e 9 segundos,
acelerando o metabolismo, causando sensações de euforia, depressão, medo e
paranóia. Contrariamente à cocaina, os efeitos duram pouco tempo, no máximo, 10
minutos, o que “obriga” o consumidor a inalar repetidamente a OXI para manter
as sensações, aumentando, assim, as agressões ao organismo. Por outro lado, os
componentes adicionais, como a cal virgem e combustível, tornam a Oxi altamente
letal para os consumidores, assim como a quantidade do princípio activo da
cocaína, que neste caso é de cerca de 80%, contrariamente ao “crack”, que é
cerca de 40%.
Ao
fumar a OXI, o consumidor envia querosene e cal virgem para o pulmão,
provocando queimaduras que levam o órgão à falência. De igual modo, o aumento
da pressão arterial, alto risco de enfarte e acidente vascular cerebral. A
longo prazo, o cérebro é afectado, sofrendo perda da memória e diminuição da
capacidade de concentração e de raciocínio.
Uma
outra nova droga que está a provocar diversas mortes entre consumidores mais
jovens, nomeadamente na Rússia, é a chamada KOAKSIL, uma espécie de morfina
“suja”. Estes jovens não vivem mais do que 2 ou 3 anos e o número muito
reduzido dos que conseguem sobreviver, ficam totalmente desfigurados. O seu
componente activo é a codeína, um analgésico, que é misturado com ingredientes
como gasolina, tintas ou diluentes, ácido clorídrico, iodo e fósforos
vermelhos. Estes consumos deixam a pele do consumidor esverdeada e escamosa no
local das injecções e, após alguns dias, os vasos sanguínios lilatam ao ponto
de rebentarem. Há o aparecimento de grangrena e as amputações são a única
solução. Por outro lado, o tecido ósseo poroso começa a dissipar, devido à
acidez da droga.
Semelhante
ao caso da OXI, existe ainda pouca informação sobre a KOAKSIL, assim como
estudos científicamente comprovados, contudo, através da Internet é possível
recolher bastante informação.
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