segunda-feira, 12 de novembro de 2012

OXI E KOAKSIL



Nos últimos meses, têm surgido imensas notícias sobre o aparecimento de novas drogas sintéticas, das quais a OXI parece, de acordo com alguns dados ultimamente anunciados, como uma das mais potentes e devastadoras. Estudos no Brasil, efectuados com profissionais de Saúde e de Química, estão a ser avançados com o objectivo de se compreender melhor as suas características. Para já, sabe-se, apenas, que a OXI é uma versão mais perigosa da cocaína e do chamado “crack”. 

O princípio activo da OXI é a pasta base da folha de coca, mas ao contrário do “crack”, onde é utilizado bicarbonato de sódio e amoníaco, na OXI é utilizado cal virgem e algum combústivel, como gasolina ou querosene, também designado por petróleo iluminante, componentes corrosivos e extremamente danosos para o organismo. Esta nova droga é produzida na Bolívia e no Perú e começou a entrar no Brasil em 2005.


oxi (Foto: oxi)



Os efeitos dos consumos imediatos chegam ao cérebro entre a 7 e 9 segundos, acelerando o metabolismo, causando sensações de euforia, depressão, medo e paranóia. Contrariamente à cocaina, os efeitos duram pouco tempo, no máximo, 10 minutos, o que “obriga” o consumidor a inalar repetidamente a OXI para manter as sensações, aumentando, assim, as agressões ao organismo. Por outro lado, os componentes adicionais, como a cal virgem e combustível, tornam a Oxi altamente letal para os consumidores, assim como a quantidade do princípio activo da cocaína, que neste caso é de cerca de 80%, contrariamente ao “crack”, que é cerca de 40%.
Ao fumar a OXI, o consumidor envia querosene e cal virgem para o pulmão, provocando queimaduras que levam o órgão à falência. De igual modo, o aumento da pressão arterial, alto risco de enfarte e acidente vascular cerebral. A longo prazo, o cérebro é afectado, sofrendo perda da memória e diminuição da capacidade de concentração e de raciocínio.

Uma outra nova droga que está a provocar diversas mortes entre consumidores mais jovens, nomeadamente na Rússia, é a chamada KOAKSIL, uma espécie de morfina “suja”. Estes jovens não vivem mais do que 2 ou 3 anos e o número muito reduzido dos que conseguem sobreviver, ficam totalmente desfigurados. O seu componente activo é a codeína, um analgésico, que é misturado com ingredientes como gasolina, tintas ou diluentes, ácido clorídrico, iodo e fósforos vermelhos. Estes consumos deixam a pele do consumidor esverdeada e escamosa no local das injecções e, após alguns dias, os vasos sanguínios lilatam ao ponto de rebentarem. Há o aparecimento de grangrena e as amputações são a única solução. Por outro lado, o tecido ósseo poroso começa a dissipar, devido à acidez da droga. 

Semelhante ao caso da OXI, existe ainda pouca informação sobre a KOAKSIL, assim como estudos científicamente comprovados, contudo, através da Internet é possível recolher bastante informação.




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